A beleza natural e cultural de muitos destinos ao redor do mundo tem atraído um número cada vez maior de turistas. No entanto, esse crescimento desordenado também tem gerado consequências negativas — tanto para o meio ambiente quanto para as populações locais.
Da redação
Cidades como Veneza (Itália), Kyoto (Japão) e Bali (Indonésia) são exemplos de destinos icônicos que enfrentam sérios desafios como superlotação, poluição, alta nos preços e perda de identidade local.

No Brasil, lugares como Fernando de Noronha e Porto de Galinhas também já sentem os impactos do turismo em excesso, que ameaça justamente aquilo que torna esses lugares, únicos: sua natureza e cultura.
Diante desse cenário, surge uma nova proposta: o turismo regenerativo.
Enquanto o turismo sustentável procura minimizar impactos negativos, o regenerativo busca reparar, recuperar e fortalecer os ecossistemas, comunidades e culturas afetadas pela atividade turística.
Trata-se de uma abordagem que considera não apenas a conservação ambiental, mas também os aspectos sociais, econômicos e culturais — com atenção especial ao bem-estar das populações locais.
O turismo só pode ser considerado regenerativo quando melhora a qualidade de vida dos moradores e contribui para a saúde dos ecossistemas. (Jeremy Sampson| Future of Tourism Coalition)
Como o turismo regenerativo responde aos impactos do turismo em excesso?
Diferentes países e regiões já adotam medidas para conter os efeitos nocivos do turismo em massa. Veneza passou a cobrar taxa de entrada para visitantes de um dia e limitou o número de navios de cruzeiro.
Kyoto propõe taxas e incentiva a visitação a áreas menos conhecidas para distribuir melhor os fluxos. Bali regula o aluguel de curto prazo e busca controlar o número de turistas na ilha.
Fernando de Noronha impôs limites mensais e anuais de visitantes para preservar o arquipélago.
Turismo regenerativo no Brasil

O turismo regenerativo vai além das restrições. Ele propõe uma transformação na forma de viajar, priorizando experiências que respeitam e regeneram o lugar visitado.
Alguns destinos brasileiros já integram práticas regenerativas à sua proposta de turismo. Entre eles, a Amazônia Paraense; Chapada Diamantina (BA); Comuna de Ibitipoca (MG); Fazenda Escola Bona Espero (SP) e Instituto Terra Luminous (SP).
Esses lugares combinam conservação ambiental, educação ecológica e valorização comunitária, promovendo uma relação mais equilibrada entre visitantes e territórios.
Por que conservar?
A conservação ambiental é essencial para garantir que as gerações futuras possam usufruir da biodiversidade e dos recursos naturais. O turismo regenerativo, nesse contexto, atua como um agente de proteção e recuperação, desde que as atividades sejam bem planejadas, monitoradas e alinhadas com as necessidades da comunidade local.
Fonte: eCycle , Exame, mídias internacionais, órgãos oficiais.